A contribuição dos estados brasileiros no financiamento do desenvolvimento nacional tem crescido ao longo dos últimos anos. Mesmo com menor autonomia e capacidade fiscal que a União, em termos de instrumentos de política econômica, os entes subnacionais têm sustentado níveis consistentes de investimento, garantindo dinamismo à atividade econômica.
Por outro lado, esse cenário convive com entraves macroeconômicos que comprometem sua sustentabilidade, com destaque para a política monetária nacional.
Neste artigo, os economistas membros do Grupo de Gestores das Finanças Estaduais (Gefin), Carin Deda e João Marques, defendem que o Estado brasileiro repense a coerência entre as métricas fiscais utilizadas, a política macroeconômica vigente e a realidade das finanças públicas subnacionais.
“A execução da política fiscal em nível regional, marcada por investimentos consistentes, maior eficiência do gasto e efeitos multiplicadores evidentes, precisa ser considerada de forma mais integrada na formulação da política econômica nacional”, escrevem.