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Fernando Haddad abre 43ª Reunião Extraordinária do Comsefaz e destaca parceria com os Estados: “Vocês têm na Fazenda parceria 24 horas”

Primeiro ministro da Fazenda do Brasil a visitar a sede do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e Distrito Federal, Fernando Haddad abriu, nesta quarta-feira (28), a 43ª Reunião Extraordinária do Comsefaz.

O ministro foi recepcionado no gabinete da presidência pelo presidente do Comitê, Flávio César, e se reuniu com secretários de Fazenda dos Estados, o diretor institucional André Horta e o assessor especial da presidência, Matheus Menegaz.

Haddad veio acompanhado do secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, e do secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy. Ao final da agenda, o ministro recebeu em primeira mão um exemplar do livro “Solidariedade Fiscal: desmistificando o nível de tributação e seu impacto no crescimento econômico”.

A obra foi lançada pelo Comsefaz em parceria com a editora Contracorrente. Haddad recebeu o livro das mãos dos autores, os pesquisadores Pedro Humberto de Carvalho Jr, Cláudia M. De Cesare e Alexandre Cialdini.

Ministro conheceu a sede do Comsefaz

Na abertura da reunião, o presidente Flávio César destacou a importância para os Estados em receber o ministro da Fazenda na sede do Comitê:

“Quero dizer em nome de todo o Colegiado, que estamos extremamente felizes e honrados com sua presença aqui, ministro. E quero também agradecer a parceria que temos estabelecido com o Ministério da Fazenda nas pessoas dos secretários da Receita Federal, Robinson Barreirinhas; e do secretário Extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, que vêm trabalhando intensamente em todas as pautas que regem nosso Colegiado em benefício dos estados e do país. Nossa intenção é estreitar cada vez mais a relação para que a instituição Comsefaz e o Ministério da Fazenda possam caminhar juntos em prol daquilo que vai melhorar cada vez mais nossa atuação em tudo que tange o aspecto fiscal e tributário dos estados e do Brasil”, declarou o presidente.

Secretário de Fazenda do Mato Grosso do Sul, Flávio César ressaltou ainda o comprometimento dos secretários de Fazenda das 27 Unidades da Federação e do corpo técnico que auxilia os gestores no trabalho diário em defesa das pautas de interesse dos Estados:

“Esse Colegiado está extremamente comprometido com os temas relevantes que impactam os 26 estados, o Distrito Federal e, sobretudo, as questões que impactam o Brasil. Temos trabalhado nos últimos dois anos incansavelmente com todos os secretários e o corpo técnico no processo da reforma tributária. E hoje é um dia muito importante, o dia em que recebemos o ministro para discutir temas que nos afligem”, disse.

Após a abertura pelo presidente do Comsefaz, um secretário de Fazenda de cada região do país também saudou a presença do ministro na sede do Comitê: Norberto Ortigara (Sul), Rogério Gallo (Centro-oeste), Samuel Kinoshita (Sudeste), Fabrizio Gomes (Nordeste) e Luís Fernando Pereira da Silva (Norte).

Fernando Haddad foi o primeiro ministro da Fazenda a visitar sede do Comsefaz, em Brasília

Hospitalidade

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, agradeceu a recepção do Comsefaz e destacou a parceria do governo federal com os estados. Ele colocou a equipe da pasta à disposição das Fazendas estaduais e se dispôs a estreitar ainda mais a relação:

“Queria agradecer a hospitalidade de ser recebido com palavras tão entusiasmantes sobre as possibilidades que se avizinham para o país, precisamos corrigir essas enormes distorções que tornam a vida da gente um inferno. Porque tudo que a gente quer é salvaguardar as contas públicas, fazer com que os serviços prestados tenham sua forma de financiamento, ganhem eficiência e melhorem a qualidade. Esse é o sonho de qualquer Fazendário: ter a casa arrumada e o Estado funcionando bem para poder desenvolver nossas regiões. Estamos irmanados em relação a isso. Se não fosse o empenho de todos vocês não teríamos tido êxito na aprovação da PEC 45”, disse.

Reforma tributária

Sobre a aprovação da reforma tributária, atualmente em fase final de regulamentação no Senado, Haddad destacou que o governo federal procurou dialogar com todos os Poderes e esferas da República:

“Penso que tivemos a sabedoria de respeitar o tempo e o acúmulo do Congresso, sem querer mandar a PEC pronta ou disputar autoria. (A reforma tributária) é para o país, para todos nós. Criamos uma secretaria Extraordinária para desonerar a Receita Federal de um trabalho impossível porque o dia a dia da Receita consome 120% do dia do órgão. Esse corpo no Ministério foi criado para dar suporte para os parlamentares ganharem confiança e para manter a interlocução com todos vocês. Tem sido assim desde que cheguei no Ministério da Fazenda”, afirmou.  

O ministro citou várias pautas de interesse dos estados encaminhadas pela Fazenda nos últimos dois anos. Ele lembrou da compensação das perdas provocadas pelas leis complementares 192 e 194, ambas de 2022, e do Programa de Pleno Pagamento das Dívidas dos Estados (Propag):

– Tenho tido muitas oportunidades de dialogar com os governadores, tanto na indenização do ICMS dos combustíveis, no Propag, várias coisas de vulto. O Propag é um programa de 1,4 trilhão de reais. Mexemos no que podíamos sem impactar o superávit primário e não foi diferente na reforma tributária. Eu atuei pessoalmente no STF em causas dos estados que não tinham nada a ver com a União. Fiz isso porque acho que temos que somar forças para garantir as receitas necessárias para manter o Estado funcionando. Vocês vão ter da Fazenda uma equipe parceira 24 horas, não vamos medir esforços para isso”, reforçou.

Presidente Flávio César recepcionou ministro Fernando Haddad

Comitê Gestor do IBS

Ainda no escopo da reforma tributária, o ministro da Fazenda falou sobre o Conselho Superior do Comitê Gestor do IBS, instalado dia 16 de maio, no prazo limite determinado pela legislação, e já com a nomeação dos representantes indicados pelos Estados. Para o pleno funcionamento do CG, falta definir a representação dos municípios. Um impasse entre a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e a Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), que divergem sobre os critérios de escolha dos membros indicados, levou o caso à Justiça.

Haddad disse que o governo federal não tem lado nessa disputa, mas tem feito de tudo para mediar e ajudar a resolver a questão:

“Nesse caso das divergências das entidades municipais, não temos lado. O nosso lado é o Brasil, é fazer esse país andar. Porque não queremos atrasar a reforma tributária com essa discussão, não há necessidade de atraso. Estamos acompanhando de forma respeitosa, entendendo que eles têm questões a serem dirimidas. E queremos apaziguar. Fizemos uma reunião no meu gabinete com a presença das duas entidades e com o senador Eduardo Braga ao meu lado. Procuramos agir preventivamente sempre. Estamos 100% ao lado de vocês. Se vocês não funcionarem bem, nós não funcionaremos bem”, afirmou.

Por fim, o ministro da Fazenda se colocou à disposição para novos encontros e reforçou a parceria do governo federal com os Estados:

“Fico feliz e triste por ter sido o primeiro a vir ao Comsefaz. Mas quero dizer, presidente Flávio, que a casa está aberta, aqui é muito perto do Ministério da Fazenda. A sede do Comsefaz está muito bonita. Fico muito feliz de ver que o clima entre a gente esteja dessa forma, com confiança mútua. Vou tentar superar as dificuldades momentâneas. Com todo respeito que tenho a todo mundo, e tenho mesmo, não fico torcendo por um lado ou outro porque não sei quem vai ser o prefeito ou o governador daqui a quatro anos. Isso é ser republicano, torcer pelo país. Eu vou fazer o que tiver ao meu alcance para ajudar o país a avançar”, concluiu.

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