Mais resultados...

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Na falta da União, Estados antecipam medidas para enfrentar crise

Diante da falta de medidas efetivas do governo federal, os estados e municípios estão agindo por conta própria em ações de prevenção e enfrentamento da pandemia do novo coronavírus e seus efeitos na economia. É o que relata matéria da Folha de S.Paulo, publicada na manhã desta quarta-feira (1), a partir de estudo do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O governo federal anunciou diversas medidas de ajuda aos estados para enfrentarem a pandemia da Covid-19 – entre elas um pacote de R$ 88,2 bilhões e apoio à aprovação do Plano Mansueto, um programa de equilíbrio fiscal dos entes federados. O Congresso já aprovou o pagamento de auxílio emergencial de R$ 600 para trabalhadores informais. Até agora, porém, nada saiu efetivamente do papel.   

A matéria da Folha cita estudo elaborado pela pesquisadora Vilma Pinto, do IBRE/FGV, que aponta as diversas ações adotadas nas 27 unidades da Federação até o dia 25 de março. Segundo o estudo, todos os governadores decretaram estado de calamidade ou emergência e adotaram medidas de isolamento, fechamento do comércio e interrupção de serviços e eventos.

Dezesseis estados também disponibilizaram recursos para empresas e outros criaram formas de conceder auxílios para famílias e trabalhadores informais, como distribuição de cesta básica e prorrogação e isenção de pagamento de serviços públicos, como água e energia; e de tributos, como IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e IPVA (Imposto sobre Propriedade Veicular Automotor).

“(…) Os estados estão tentando tomar medidas para controlar essa pandemia e conseguir fazer esse isolamento da melhor forma possível. A gente está olhando muito para o governo federal, mas estados e municípios estão fazendo muitas coisas”, afirma a pesquisadora à reportagem da Folha. Diversos estados estão também comprando material hospitalar para combate à Covid-19 e contratando pessoal para a área de saúde.

O levantamento também traz o número de leitos por 10 mil habitantes em cada estado, o que mostra que as necessidades de cada região podem ser diferentes. O mesmo se dá em relação à suplementação de renda em cada região, que pode demandar ações complementares de diferentes níveis de governo.

Vilma Pinto explica, por exemplo, que os R$ 600 aprovados pelo Congresso para os trabalhadores informais são muito mais significativos para as famílias do Acre do que os mesmos R$ 600 em São Paulo. “Os informais e microempreendedores que estão no Sudeste, Sul e Centro-Oeste, para eles essa complementação de renda pode não ser tão eficaz quanto nas regiões Norte e Nordeste”, diz ela na matéria da Folha.

(Fonte: Folha de S.Paulo)

Últimas Notícias