Faltando pouco mais de 1 ano para a COP 30, que acontece entre 10 e 21 de novembro de 2025, em Belém (PA), o Governo do Pará trabalha diuturnamente para preparar o evento, que deve atrair milhares de pessoas de várias partes do mundo, incluindo representantes dos governos nacionais e subnacionais de 197 países.
Promovido pela ONU e organizado pela Convenção das Nações Unidas sobre as mudanças climática, a COP 30 também reforça o papel da região Amazônica no debate global sobre o meio ambiente.
O secretário de Fazenda do Pará, René Sousa Júnior, falou em Madri sobre os preparativos para o megaevento. Ele participou da abertura do seminário “Tendências nas administrações Tributárias e suas adaptações a um novo mundo”, realizado de 17 a 27 de setembro, na capital da Espanha.
O seminário é fruto de uma parceria inédita entre o Comsefaz e a Universidad Nacional de Educación a Distância (UNED) e também marca a formatura da primeira turma do curso Máster em Fazenda Pública, Administração Financeira e Tributária.
Sustentabilidade
O secretário René Sousa Júnior destacou que a apresentação sobre a COP 30 serviu para mostrar os esforços que o Governo do Pará está fazendo para receber o encontro no próximo ano:
“A agenda ambiental do governo visa compatibilizar os desafios sociais e ambientais para alcançar o desenvolvimento sustentável na Amazônia. O Pará possui um estoque florestal de 70% de floresta nativa e precisa compatibilizar os desafios sociais e ambientais e encontrar um novo modelo de uso do solo, que permitia construir um desenvolvimento sustentável e garantir a preservação ambiental”, afirmou.
Objetivos
Entre os objetivos da COP 30 em Belém, estão a avaliação firmados na COP de Paris, que completa 10 anos; o debate sobre as mudanças climáticas; o incentivo à mudança da base econômica para uma economia verde que promova florestas vivas; a busca por sensibilizar o mundo para uma transição justa; além da promoção do desenvolvimento de uma cadeia de turismo na Amazônia.
Na apresentação realizada a um grupo de estudantes, auditores e autoridades brasileiras e espanholas, René Sousa Jr. detalhou o que já foi feito e também as principais iniciativas que estão sendo realizadas pelo Governo do Pará.
As realizações incluem o início das obras dos principais equipamentos da COPA, o Parque da Cidade e o Porto Futuro II; recrutamento de consultores; a criação do comitê estadual COP 30; e a organização de um evento com mais de 1.500 participantes para inserir a sociedade civil no debate sobre o significado da COP 30.
Legados
O secretário explicou ainda que o evento deve deixar vários legados para o Pará, especialmente nas áreas de desenvolvimento urbano, ambiental e de educação.
Entre as mudanças na cidade de Belém que vem sendo executadas estão a integração da zona portuária com os projetos do parque linear Porto Futuro II e Avenida Doca; terminal fluvial internacional, que vai colocar Belém na rota de cruzeiros internacionais; parque linear de Tamandaré com terminal hidroviário regional – integração de importantes atrações turísticas com a floresta e ilhas; BRT metropolitano, novo modo viário na região metropolitano de Belém; além de investimento recorde em saneamento básico.
Sobre o legado geral do evento, a expectativa é de que a COP 30 marque o retorno do Brasil e do Pará como protagonistas do debate sobre a questão ambiental no planeta; o fortalecimento da Amazônia nos debates globais; transição para uma economia verde; a melhora no saneamento em todo o estado; desenvolvimento de toda a cadeia produtiva do turismo; e a inclusão de Belém na rota internacional de cruzeiros.